quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Na tua boca - De minha autoria ;)

Na tua boca eu me perco
Na tua boca eu me devoro
Onde me mato de desejo
Na tua boca eu te adoro

Na tua boca onde eu me deito
E de vez em quando até amanheço
Quando as horas passam livres
E por descuido eu me esqueço.

Na tua boca de beijar
Na tua boca de abraçar
Onde o sorriso se esconde
Se guardando pra me amar.

Na tua boca eu viajo
Nas palavras escondidas
Onde mil frases eu refaço
Escrevendo a nossa vida.

Na tua boca de saliva
Que me banho sem pudor,
É onde mora a minha fala
Que recita o nosso amor.

Na tua boca de sentir
O meu gosto e os meus sabores
E se delicia com prazer
Me arrepiando com vapores.

Na tua boca desejo
Espalho a minha vazia
Completando com beijos
A sua boca e a minha.

Era



O destino me pregando uma outra peça, eu não queria
Me cercava toda noite, com sua flecha e sua guia
Era o tempo me encostando sua pele traiçoeira
Eram noites tão pesadas, com nuvens sorrateiras

Era a vida me cortando a carne com seu guizo
Ecoando pelos séculos os sons de alguns gemidos
Eram meus antepassados dentro dos bacanais
Era o tempo me emprestando aquilo que eu não devolveria mais

Era um homem nos meus sonhos me currando sem perdão
Eram duas velhas mortas se arrastando pelo chão
Eu soltava os meus cães em meu peito a soluçar
Abafava os meus gritos, pois não sabia ladrar

Achei que não era eu que fazia minha história andar
Punha a culpa no destino ou em quem estivesse à mão para culpar
E era assim

Hoje em dia não me importo com o que fiz no meu passado
Quero amigos, sorte e muita gente boa do meu lado
E não rebato se disserem por aí que eu tô errado
Porque quem se debate está sozinho ou afogado
Eu, que não fico no meio, não começo e nem acabo
Eu sou filho do amor, não de Deus, nem do diabo

Na ciranda das canções eu me ponho a revezar
Rodando entre as ondas que me puxam em alto-mar
Hoje sei bem que sou eu que giro a minha vida circular
Essa roda, eu que invento e faço tudo nela se encaixar
Eu sou assim.

(Era - Ana Carolina)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Depois de ter você




"Depois de ter você,
pra quê querer saber que horas são?
Se é noite ou faz calor,
se estamos no verão,
se o sol virá ou não,
ou pra quê é que serve uma canção como essa?

Depois de ter você, poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas,
pra quê amendoeiras pelas ruas?
Para quê servem as ruas?
Depois de ter você."

(Depois De Ter Você - Adriana Calcanhotto)

Te amo, 'Vida! <3