quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Berimbau.

'Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém!'
(Vinícius de Moraes)
"Maior que o infinito é o incolor."
(Manuel de Barros)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010




"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"There's so much time to figure out the rest of my life."

domingo, 26 de setembro de 2010

Que atire a primeira pedra.

"Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um dia
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada.
Cada um em seu casulo, em sua direção,
vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião...

.

Hoje me sinto mais forte;
Mais feliz quem sabe.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Faltou distração.




"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."

Clarice Lispector

domingo, 5 de setembro de 2010

Loucura?



Não, ela não era louca; Guardava dentro de si uma
doçura, uma vontade de viver. Despia a sua alma
de si mesma, sem levar para si o peso do cotidiano
que costumamos nos estagnar, o peso do comum.
Se ela sonha, realiza; mesmo que não seja exatamente
igual, se torna até melhor.
Quem via sua casca exclamava "loucura!"
quem via a sua alma exclamava "coragem!"
e quem via o seu coração, não hesitava
em dizer: "Amor próprio!"

Por Luana Lima.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010